Objetcivos: Utilização de um fantoma do crânio para avaliar o erro global associado à utilização de um sistema de neuronavegação, identificando o incremento do erro por cada passo do procedimento.

Material e métodos: Foram adquiridas imagens de TC e RM de um fantoma com alvos esféricos com uma trajetória única até ao seu centro. Um mapa de pontos do fantoma foi feito com recurso ao sistema óptico Polaris^® e utilizado como referência. Foram analisados os erros comparando coordenadas dos centros das esferas e trajetórias medidas em várias fases: compararam-se as coordenadas adquiridas no sistema Framelink^® em TAC e RM entre si e com a referência; entre TAC com localizador Leksell^®, com aquisição de coordenadas no sistema Framelink^® e referência; simulação de 10 biópsias guiadas por neuronavegação no fantoma utilizando o sistema Vertek^® e o sistema de neuronavegação StealthStation S7^® e comparação com a referência.

Resultados: Entre a TAC e a RM foi identificado um erro máximo de 1,87 mm para os centros e 8,5 graus para as trajetórias. No planeamento com Framelink^® foi encontrado um erro médio de 0,55 ± 0,22 mm para os centros das esferas e 6,69 ± 6,09 graus para as trajetórias. Os erros inerentes ao procedimento de biópsia guiada por neuronavegação foram de 1,97 ± 0,85 mm para as coordenadas e 14,97 ± 0,84 graus para as trajetórias.

Conclusões: Com recurso ao fantoma, foi possível avaliar o erro global e associado às várias etapas no processo de planeamento e execução de um procedimento com neuronavegação. O erro global médio dos alvos foi de 1,97 ± 0,85 mm e das trajetórias 14,97 ± 0,84 graus.