Objectivos: Analisar retrospectivamente os pacientes que foram submetidos a craniectomia descompressiva (CD), conhecer o perfil da morbi-mortalidade e comparar o desfecho clínico desses pacientes quando operados antes e após 12 horas de admissão hospitalar.

Material e métodos: Estudo coorte retrospectivo com base no banco de dados do Hospital, analisados descritivamente e cálculos estatísticos obtidos através do SPSS, versão 21.

Resultados: Analisados 249 pacientes com aumento da pressão intracraniana (PIC) submetidos a CD. Predominaram pacientes do interior do estado e com média de idade de 41,14 anos. A CD foi realizada de modo primário pela maioria, assim como a duroplastia e o descarte do flap ósseo. Verificou-se que o cateter para monitorização da PIC, praticamente não foi utilizado e a maioria teve internação hospitalar por menos de 15 dias. Notou-se maior percentual de casos em que a cirurgia foi realizada em até 12 horas da admissão, estes ainda tinham média de idade significativamente mais baixa, apresentaram Glasgow grave na avaliação inicial e foram maioritariamente internados por TCE quando comparados àqueles que aguardaram 12 horas ou mais para o procedimento. Já no que concerne ao desfecho clínico não se verificou diferença estatisticamente significativa.

Conclusões: Pacientes interioranos, de meia idade e, vítimas de trauma constituíram a maioria dos submetidos a CD.Os operados em menos de 12h eram mais graves, porém, tiveram mesmo desfecho daqueles que apresentaram Glasgow leve. A CD precoce pode ser benéfica e mostra-se como alternativa de manutenção precoce da PIC num contexto em que escasseiam meios de manejo clínico.