O-ONC-40 - Tumores Gliais da Ínsula - Limitações funcionais e anatómicas do tratamento cirúrgico
Serviço de Neurocirurgia, Centro Hospitalar do Porto.
Objectivos: Descrever e partilhar a experiência do nosso centro cirúrgico no tratamento dos tumores gliais da ínsula (primeiros 5 casos tratados). Identificar as dificuldades e limitações associada a este tipo de cirurgia.
Material e métodos: Análise retrospetiva dos doentes operados no nosso centro cirúrgico com tumores a envolver a região insular.
Resultados: Nos últimos 2 anos foram operados 5 doentes com tumores a envolver a região insular no CHP (4 localizados no hemisfério direito e 1 no hemisfério esquerdo). Em todos foi feito o mapeamento cortical com estimulação bipolar e 4 doentes foram operados com craniotomia acordada. O grau de remoção tumoral foi variável sendo que os melhores resultados foram obtidos nas cirurgias mais recentes. As principais limitações que encontrámos foram o limiar epileptógenio durante a estimulação cortical, tolerância dos doentes à craniotomia acordada e a monitorização neurofisiológica.
Conclusões: Cirurgia dos tumores da ínsula é uma cirurgia ímpar pela sua anatomia única e acesso limitado. O objetivo primordial é a máxima resseção tumoral possível sem morbilidade associada. O domínio perfeito de técnicas de estimulação cortical e um conhecimento anatomo-funcional adequado é fundamental para conseguir bons resultados.