O-BC-16 - Cirurgia endoscópica a Adenomas da Hipófise – complicações
Centro Hospitalar Lisboa Central.
Objectivos: Avaliar resultados e taxa de complicações da abordagem endoscópica no tratamento de adenomas da hipófise assim como avaliar a sua eficácia (AH).
Material e métodos: Análise retrospetiva unicêntrica de intervenções endoscópicas consecutivas para tratamento de AH, entre 2013 e 2015. Avaliação das complicações hemorrágicas, infeciosas, fístula Líquor, défices neurológicos; diabetes insipida e complicações nasais após procedimentos endoscópicos. Avaliação de perfil hormonal pós-operatório e recuperação de défices visuais.
Resultados: Avaliadas 48 intervenções a AH; 72% homens, idade média 52 anos, sendo 37% dos AH não secretores. Verificaram-se 4 casos de complicações hemorrágicas; 2 casos de meningite; 4 Fístulas pós-operatórias, apenas uma exigindo re-intervenção; 3 casos de diabetes insipida, um caso de fasceíte da coxa e um caso de isquemia com défice neurológico associado. A avaliação endonasal pós endoscopia revelou uma elevada taxa de sinequias pós operatória (superior a 80%), e ainda um hemangioma capilar lobular que impossibilitou re-intervenções por esta via. Dos doentes com défices visuais prévios, 80% referem melhoria subjetiva. Mais de 20% dos doentes necessitam de substituição hormonal no pós-operatório imediato.
Conclusões: A abordagem transesfenoidal endoscópica é eficaz no tratamento de AH e na melhoria dos défices visuais. A técnica apresenta complicações endonasais, nomeadamente sinequias que exigem tratamento local e reavaliação pela especialidade de otorrinolaringologia.