Objectivos: Comparar a taxa de complicações entre cirurgia transesfenoidal endoscópica (TSe) e transesfenoidal microscópica (TSm) no tratamento de Adenomas da hipófise (AH).

Material e métodos: Análise retrospetiva unicêntrica de intervenções consecutivas para tratamento de AH, entre 2013 e 2015. Comparação de 2 técnicas cirúrgicas, TSe e TSm, no que concerne a complicações hemorrágicas, infeciosas, fístula Liquor, défices neurológicos e diabetes Insipida. Avaliação da associação entre características clínicas e complicações. Utilizado teste de qui-quadrado para variáveis discretas e t-Student para variáveis continuas; nível de significância p < 0,05.

Resultados: Avaliadas 79 intervenções a AH: TSe 48 (60,8%) e TSm 31 (39,2%), com características clinicas basais semelhantes entre os dois grupos; 64,4% vs 61,3% homens (p = ns), idade média 52,1 ± 13,9 vs 51,0 ± 17,1 anos (p = ns) anos, AH não secretores 37,5% vs 32,3% (p = ns). Verificaram-se complicações em 22,8% dos casos (TSe 27,1% vs TSm 16,1%; p = ns). Não se verificou diferença entre as duas técnicas em termos de hemorragia (TSe 8,3% vs TSm 6,5%; p = NS); infeção pós operatória (TSe 8,3% vs TSm 0%; p = ns); fístula de Líquor (TSe 8,3% vs TSm 6,5%; p = NS); défices neurológicos (TSe 6,3% vs TSm 3,2%; p = NS) e diabetes insipida (TSe 8,3% vs TSm 12,9%; p = NS). Existe uma relação significativa entre a presença de fístula e infeção (p = 0,027). A idade e sexo não se correlacionam com o aumento da incidência de complicações.

Conclusões: Não parece existir diferença na taxa de complicações entre as duas técnicas cirúrgicas. A presença de fístula associa-se a ocorrência de infeção.